A vida na aldeia era muito dolorosa, as pessoas trabalhavam de sol a sol, tanto adultos como crianças.A alimentação era feita consoante o que as pessoas cultivavam e os animais que criavam. O vestuário das crianças era feito pelas suas mães e essas roupinhas iam passando de irmãos para irmãos.“Tempos livres?! Para quem os tinha!” diz a minha avó. As crianças brincavam à macaca, saltavam à corda e jogavam às apanhadas. Os adolescentes, nos tempos livres, iam para bailes nas casas das pessoas. As mulheres sentavam-se a fazer renda, ou então a falarem da vida dos outros. Os homens juntavam-se e iam para a única tasca que havia naquela altura, o “Café do Zé”.Não havia médico a tempo inteiro. De vez em quando, um médico ia de porta em porta a dar medicamentos e a arrancar dentes a quem precisava.Havia um carteiro que ia montado numa lambreta (mota velha, que naquela altura valia muito), e que parava num largo e tocava uma corneta, para que as pessoas fossem buscar as suas cartas ou mandar alguma correspondência.Naquele tempo não havia qualquer tipo de transporte público. Eram as carroças de burros que serviam de transporte.Agora, já há de tudo!
Casa da aldeia, em ruínas.
Mariana Pirona
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Através das tuas palavras fiz uma viagem no tempo e quase me senti no personagem do teu avô, pois somos quase a mesma idade. O meu triciclo era igualzinho...
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